No próximo Domingo, dia 30 vamos cantar os parabéns à nossa querida Beata Alexandrina. O programa já foi apresentado neste site.

 Alexandrina Maria da Costa

Eu chamo-me Alexandrina Maria da Costa, nasci na freguesia de Balasar, concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto, a 30 de março de 1905 (4), numa quarta-feira de trevas  e fui batizada a 2 de abril do mesmo ano, era então sábado de aleluia . Serviram de padrinhos um tio de nome Joaquim da Costa e uma senhora de Gondifelos – Famalicão – de nome Alexandrina.

Encontro em mim desde a mais tenra idade tantos, tantos defeitos, tantas, tantas maldades que como as de hoje me fazem tremer. Era meu desejo ver a minha vida logo desde o princípio cheia de encantos e de amor para com Nosso Senhor.

Até aos 3 anos de idade não me recordo de nada a não ser de alguns carinhos que dos meus recebia. Com os meus 3 anos recebi o primeiro miminho de Nosso Senhor.

Como era desinquieta e enquanto minha mãe descansava um pouco, tendo-me deitado junto dela, eu não quis dormir e levantando-me subi à parte de cima da cama para chegar a uma malga que continha gordura de aplicar no cabelo, conforme era uso da terra e por ter visto alguém fazê-lo principiei também a aplicá-lo nos meus cabelos. Minha mãe deu por isto, falou-me e eu assustei-me; com o susto deitei a malga ao chão caí em cima dela e feri-me muito no rosto, preciso recorrer imediatamente ao médico que vendo o meu estado recusou-se tratar-me julgando-se incapaz. Minha mãe levou-me a Viatodos a um farmacêutico de grande fama, que me tratou embora com muito custo, porque foi preciso coser a cara por três vezes e levou bastante tempo a cicatrizar a ferida. O sofrimento foi doloroso. Ah! se desta idade soubesse já aproveitar-me dele!…, mas não . Depois de um curativo fiquei muito zangada com o farmacêutico; este ofereceu-me alguns biscoitos e vinho, que depois de amolecidos no vinho, queria que os comesse. Eu tinha fome e às vezes até chegava a chorar porque não podia mexer os queixos. Não aceitei a oferta e ainda maltratei o farmacêutico. Ora aqui está a minha primeira maldade.

Pelos 4 anos de idade punha-me a contemplar o céu (abóbada celeste) e perguntava aos meus se poderia chegar-lhe se pudesse colocar umas sobre as outras todas as árvores, casas, linhas dos carrinhos, cordas, etc., etc.; como me dissessem que nem assim chegaria, ficava descontente e saudosa, porque não sei o que me atraía para lá.

Lembro-me de que nesta idade tinha em casa uma tia doente que morreu dum cancro e chamava-me para ir embalar um filhinho, primeiro fruto do seu matrimónio, serviço que fazia com toda a prontidão, quer de dia, quer de noite.

Já nesta idade amava a oração, pois lembro-me que minha tia pedia-me para rezar com ela a fim de obter a sua cura.

  Oração para pedir a canonização

“Ó Jesus, que Vos alegrais com os corações simples e humildes, tantas vezes esquecidos e desprezados, exaltai, com a graça da canonização, a Beata Alexandrina, que sempre desejou viver escondida do mundo e alheia às suas grandezas.

Escutai as súplicas que, por seu intermédio, Vos dirigimos. Concedei-nos particularmente a graça que desejamos, se for para Vossa honra, glorificação do Imaculado Coração de Maria e salvação dos pecadores, pelas quais tão generosamente se imolou esta Vossa tão dedicada filha.”

 

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